FOCO NO PODER
Vingança? Prefeito Bruno Marianelli dará ou não o abono aos Servidores de Linhares?
A tensão política tomou conta de Linhares nesta segunda-feira, 16 de dezembro, com a incerteza sobre o abono para os servidores públicos municipais. Após perder as eleições de 2024 para Lucas Scaramussa, o atual prefeito, Bruno Marianelli, ainda não sinalizou se concederá a bonificação tradicionalmente destinada aos servidores no final do ano.
O abono, prática comum em órgãos públicos, deve ser encaminhado à Câmara Municipal por meio de um projeto de lei para aprovação. Contudo, até o momento, nenhuma proposta chegou à Câmara, cuja última sessão ordinária do ano acontece hoje. A ausência de um projeto até esta data levanta dúvidas sobre as intenções do prefeito e aumenta a frustração entre os servidores, especialmente em um cenário onde outros municípios e o governo do estado estão garantindo a bonificação.
Orçamento Milionário e Fundeb em Jogo
A indignação é alimentada pelo fato de Linhares possuir uma arrecadação anual próxima de R$ 1 bilhão, o que, segundo analistas, oferece margem para a concessão do abono. Servidores da educação, em especial, questionam a não aplicação de recursos do Fundeb, destinados exclusivamente ao setor, para viabilizar a bonificação.
O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) é uma política pública essencial para o financiamento da educação no Brasil. Ele redistribui recursos arrecadados por estados e municípios, garantindo mais equidade entre as redes de ensino. Por lei, ao menos 70% dos recursos do Fundeb devem ser destinados ao pagamento dos profissionais da educação, permitindo que benefícios como o abono sejam custeados, desde que haja saldo financeiro disponível no final do ano.
Seria Retaliação?
Nos corredores da Câmara e nas redes sociais, a pergunta que ecoa é: estaria Bruno Marianelli agindo por vingança contra os servidores após a derrota eleitoral? A falta de explicações oficiais reforça a especulação, especialmente considerando que prefeitos de outros municípios e até o governo estadual têm honrado os abonos.
Com o futuro político de Linhares em transição, os servidores aguardam ansiosamente um posicionamento oficial. Por ora, o silêncio de Marianelli é um duro golpe para os trabalhadores que esperavam o abono como um alívio financeiro em tempos difíceis.
Resta saber se o prefeito adotará uma postura conciliatória ou se a falta do abono marcará o final de seu mandato com descontentamento generalizado.
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