SAÚDE
Agosto Dourado: amamentação ajuda a reduzir risco de câncer
No mês em que é celebrado o Agosto Dourado, dedicado à conscientização da importância do aleitamento materno, uma boa notícia para a saúde da mulher: amamentar reduz o risco de câncer. Estudos indicam que a cada 12 meses de amamentação, a possibilidade de incidência do câncer de mama cai 4,3%.
Isso sem falar que o leite materno protege a criança contra a obesidade infantil. Além disso, a cada mês de amamentação, o risco de câncer de ovário diminui em 2%, segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Mães que amamentam seus filhos têm ainda 11% menos chance de desenvolver o câncer de endométrio, em comparação com mulheres que nunca amamentaram.
“Durante o aleitamento materno, certos hormônios que poderiam favorecer o desenvolvimento do câncer, como o estrogênio, estão com seus níveis diminuídos, o que serve de proteção”, explica Guilherme Rebello, médico radioterapeuta do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).
Estudos publicados na revista científica The Lancet estimam que a amamentação pode evitar mais de 20 mil mortes de mulheres por câncer de mama no mundo.Renovação de células.
Segundo o médico, alguns processos que ocorrem na amamentação promovem a eliminação e renovação de células que poderiam ter lesões no material genético, diminuindo assim as chances de desenvolvimento de tumores.
“Quanto maior a duração da amamentação, menor é a possibilidade de câncer de mama, endométrio e ovário”, afirma.Radioterapia
De acordo com o especialista, mulheres que contraíram câncer e que tiveram bebês podem amamentar durante o tratamento radioterápico.“Não há contraindicação ao aleitamento durante a radioterapia. Apesar de a área irradiada estar com a sensibilidade aumentada, a paciente pode sim amamentar o bebê”, disse o médico.
O Mês do Aleitamento Materno (Agosto Dourado) foi instituído pelo Congresso Nacional em 2017, através da Lei 13.435.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cor dourada faz alusão ao leite materno: alimento de ouro.A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e a OMS recomendam o aleitamento materno até os 2 anos ou mais e exclusivo até os primeiros seis meses de vida da criança.
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