Política
Valdir Maciel é cassado “de novo”
Vereador linharense é considerado culpado também em 2ª instância.
A Justiça manteve a cassação de Valdir Maciel (Podemos), no julgamento em segunda instância. A decisão foi tomada ao final da tarde desta quarta-feira (07) pelo TRE-ES.
Eleito com 1529 votos (terceiro mais votado) para ocupar uma das 17 vagas do legislativo linharense, Valdir foi acusado pelo crime de compra de votos.
A relatora, Drª Heloisa Cariello, tendo em vista as disposições vigentes do parágrafo II, do artigo 257 do código eleitoral, se posicionou no sentido de dar “fiel cumprimento aos efeitos da sentença em questão”. Ou seja, a sentença de primeira instância que cassou o diploma do vereador.
O julgamento ocorreu por volta das 18h, sendo transmitido ao Vivo pelo canal do TRE no YouTube. E, sendo presidido pelo Drº Samuel Meira, que proclamou o resultado “de forma unânime”.
Essa poderá ser a segunda substituição do ano na legislatura linharense iniciada em janeiro. Na última segunda-feira (5), o vereador Amantino Pereira Paiva (MDB) tomou posse no lugar de Fabrício Lopes (MDB), que assumiu a Secretária de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer.
Agora a cadeira de Valdir Maciel deverá ser ocupada por seu suplente, Jonathan Maravilha (Podemos), que conquistou 981 votos nas eleições.
Entenda o caso
No dia 10 de fevereiro, o juiz eleitoral Gideon Drescher, da 25ª Zona Eleitoral, proferiu a sentença pela anulação do diploma do parlamentar. Por se tratar de sentença proferida por um juiz de primeiro grau, o vereador pode permanecer no cargo enquanto recorria da decisão.
Na representação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral à Justiça, Valdir Maciel foi acusado de contratar cabos eleitorais para trabalhar em sua campanha, prometendo R$ 80 pelos votos. Ele também teria pago para que os mesmos fizessem a famosa “boca de urna”. A propaganda eleitoral realizada em locais de votação no dia da eleição é uma prática proibida por lei.