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SAÚDE

Beber em excesso aumenta em 2 vezes o risco de ter câncer de fígado

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Verão é uma estação marcada por praias e bares lotados, em que o consumo de bebidas alcoólicas aumenta devido às altas temperaturas. Entretanto, beber em excesso está associado a um risco duas vezes maior de dois tipos de câncer no fígado: o carcinoma hepatocelular e o colangiocarcinoma.

“O álcool pode levar ao crescimento desordenado da célula e formar o câncer não só do fígado, mas também de outras regiões, como boca, esôfago, estômago, mama e laringe. Quanto maior o tempo de uso e a quantidade, maior a chance de desenvolver a doença”, explica o médico radioterapeuta Carlos Rebello, do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).

O especialista explica que a forma exata de como o álcool aumenta o risco de desenvolvimento de um tumor não é totalmente conhecida. Entretanto, podem existir várias maneiras que levam ao aumento do risco, incluindo metabolizar bebidas alcoólicas em acetaldeído, um produto químico tóxico que pode danificar o DNA e as proteínas.

O álcool também pode gerar substâncias reativas de oxigênio e danificar o DNA, proteínas e lipídios no corpo. Além disso, prejudica a capacidade do organismo de quebrar e absorver nutrientes que podem estar associados à prevenção do câncer, como as vitaminas A, B, C, D, E e carotenoides.

Tipos de tumores

O tumor hepático mata quase 11 mil pessoas por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Ele pode ser dividido em dois tipos: câncer primário, que se origina no próprio órgão; e secundário ou metastático, que se desenvolve em outra parte do corpo e também atinge o fígado. 

Dentre os tumores iniciados no fígado, o mais comum é o hepatocarcinoma ou carcinoma hepatocelular. Ocorre em mais de 80% dos casos e é agressivo. Cerca de metade dos pacientes com este tipo de tumor apresentam cirrose hepática, doença grave associada ao alcoolismo ou à hepatite crônica.

“Cirrose não é câncer, mas pode predispor a mutação das células que vão estar em constante multiplicação para compensar os danos do álcool, e isso favorecer o aparecimento do hepatocarcinoma”, explica o médico.

Outros tipos de tumores hepáticos são o colangiocarcinoma, originado nos dutos biliares do fígado; o angiossarcoma, câncer raro que se origina nos vasos sanguíneos do fígado; e o hepatoblastoma, tumor maligno raro que atinge recém-nascidos e crianças nos primeiros anos de vida.

Fatores de risco

Além do álcool, Carlos Rebello destaca outros fatores de risco que podem levar ao câncer hepático, como tabagismo, hepatite viral crônica, esteroides anabolizantes, aflatoxinas (compostos tóxicos produzidos por alguns fungos), diabetes tipo 2, obesidade, doenças metabólicas hereditárias, entre outros.

“No início, os sintomas são raros. Com o passar do tempo, ocorre perda de peso, dor na barriga, vômito e a pele pode ficar amarelada. Esses sintomas se confundem com outras doenças hepáticas. A maior dificuldade é que o diagnóstico costuma ocorrer em estágio avançado, o que dificulta o tratamento”, destaca o médico.

O tratamento do câncer hepático depende do tamanho e do estágio do tumor no órgão.

“A melhor opção é a cirurgia, desde que indicada, podendo chegar até o transplante hepático. Radiofrequência, quimioembolização, radioembolização são outras armas de tratamento. Imunoterapia também vem como opção quando recomendada. O importante na escolha da melhor opção de tratamento é preservar o fígado, objetivando qualidade de vida do paciente”, disse Carlos Rebello.

Marketing de conteúdo, acadêmico de Direito e fundador do Portal de Notícias O Singular. Redator de notícias em Política, Fé e de utilidade pública.

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