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Crianças e jovens cristãos são perseguidos ao redor do mundo
crianças e jovens cristãos sofrem diversas formas de violência ao redor do mundo
Em comemoração ao Dia das Crianças, 12 de outubro, Portas Abertas apresenta histórias de pequenos que já entenderam o preço de seguir a Jesus.
Crianças e Jovens cristãos integram a lista de mais de 340 milhões de perseguidos ao redor do mundo por sua crença. Por isso, em comemoração ao Dia das Crianças, no dia 12 de outubro, a Portas Abertas convida a uma importante reflexão. A instituição irá trazer dados e histórias de pequenos que já entendem o preço de seguir a Jesus.
Ambientes educativos e negação ou restrição à educação é a forma mais comum de discriminação enfrentada pelas crianças e jovens cristãos. Frequentemente, o isolamento, a identidade e a violência, são as formas de perseguição aos jovens que seguem a Cristo.
Crianças e jovens cristãos isolados
Constantemente, as crianças e jovens são alvo de sequestro e ficam isolados da família e da comunidade. Dados da Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2021 mostram que o sequestro de jovens e crianças acontece em 46% dos países do top50.
No entanto, também existem outras formas de isolamento, como negar acesso a materiais e ensinamentos cristãos. E ainda proibindo essas crianças e jovens de frequentar igrejas, o que pode causar muitos danos.
Identidade
Muitas crianças e jovens cristãos não têm acesso a uma identidade, por pressão das autoridades e líderes de outras religiões. Os pais não podem registrar os filhos como cristãos, principalmente se antes pertenciam a outras religiões. Os jovens têm a identidade legal como cristãos negada e são registrados com outras religiões.
Crianças e jovens agredidas
Muitas crianças e adolescentes enfrentam perseguição de maneira violenta. Entre elas, casamento forçado, morte, violência física e psicológica, violência verbal e sexual. De acordo com recente relatório da ONU, 50% das crianças do mundo sofrem violência todos os anos. E pode ser online, offline, em comunidades, nas escolas e até mesmo nas casas. Além disso, em 32% dos países da LMP 2021 crianças e jovens foram mortos por causa da fé. Ou ainda por simplesmente pertencerem a uma comunidade ou família cristã.
Um jovem cristão “sem indentidade”
Matti nasceu em uma família cristã no Iraque, os pais se divorciaram quando ele e o irmão ainda eram pequenos e a mãe se casou novamente com um muçulmano. De acordo com a lei, Matti e o irmão são automaticamente muçulmanos, porque um dos pais se converteu. E os pais dele acabaram se casando novamente e abandoram o jovem, que permaneceu vivendo com a tia até os 25 anos de idade. .
Ele queria se casar com uma jovem também cristã, mas a família da moça o rejeitou, porque os documentos dizem que ele é muçulmano. E, por lei, os filhos dele também seriam classificados como muçulmanos. Isso aconteceu duas vezes com o Matt e hoje, com 45 anos, ele está muito triste por não poder ter a própria família. Ainda sofre muito por naõ poder passar a fé cristã que é tão importante para ele.
Locais mais hostis
Na África Subsaariana ocorrem as taxas mais altas de perseguição aos jovens e crianças. Os principais tipos de perseguição são as formas de violência (sexual, física, psicológica), casamento forçado e sequestro.
Grupos extremistas se aproveitam da falta de proteção das comunidades para atacar os mais vulneráveis, como é o caso das crianças. Com as fragilidades trazidas pela pandemia da COVID-19, eles exploraram ainda mais as vulnerabilidades de comunidades em todo o continente.
Na Ásia, as autoridades e a maioria religiosa nos países são os principais canais de perseguição dos jovens. Crianças cristãs têm as identidades negadas, devido ao registro automático de recém-nascidos como a maioria religiosa do país. Os pais cristãos não têm a opção legal de registrar os filhos como cristãos.
Mas, na América Latina também há muitos casos de violência religiosa. Há três anos, um grupo de famílias cristãs em Huejutla, estado mexicano de Hidalgo, reivindica acesso à educação para seus filhos. Em agosto de 2018, início do ano letivo no México, 33 crianças em idade escolar, não puderam entrar na escola. Todas elas pertencem a famílias cristãs evangélicas que não pagaram taxas para as festividades católicas na comunidade de Coamila.
Na época, a Portas Abertas do México mediou um diálogo entre as famílias cristãs e os líderes locais, mas não chegaram a um acordo. O vice-secretário do governo da região de Huasteca se ofereceu para pagar, mas a oferta foi recusada pelas famílias cristãs. Elas alegaram que os líderes indígenas não poderiam forçá-las a participar de rituais católicos com os quais não concordam. No ano seguinte, pediram novamente ajuda ao Portas Abertas para que as crianças pudessem estudar.